10 preparativos para a sua viagem

planejamento-viagemNão vou falar do livro de Mário Quintana (que tem também o título acima), mas sobre os reais preparativos que todo intercambista precisa ter em mente antes de se aventurar longe de casa.

O turista necessita tomar algumas precauções imprescindíveis para que a viagem não se torne um tormento e, para ajudar, organizei uma lista com algumas dicas do que fazer:

 1. Médicos – Se você tiver um plano de saúde, esta etapa será mais fácil. Consulte os médicos mais básicos e imprescindíveis, como: clínico geral, dentista, ginecologista, dermatologista, e qualquer outro que você ache necessário. Certifique-se que você está “zerado” para viajar e que não precisará ser atendido por causa de uma dor de dente ou algo do gênero, porque: (1) esses custos são altos no exterior, (2) ninguém quer perder tempo de viagem correndo atrás de médico e (3) hospital já é uma coisa desagradável em nossa própria cidade, imagine num país estranho.

2. Remédios – Leve na mala os medicamentos mais básicos, como antigripal, antipirético, remédios para enjôo, sal de frutas, remédios contra dor no ouvido, colírio, etc. E também os de uso contínuo, se precisar.
Caso necessite transportar uma grande quantidade de medicamento específico, peça para seu médico prescrevê-lo em inglês, destacando a sua necessidade diária do remédio. Se conseguir apenas a receita em português, você terá que encontrar um especialista que faça a tradução oficial e juramentada daquela prescrição. Esse documento servirá para que ninguém ache que você está contrabandeando medicamentos e será aceito por todos os órgãos, inclusive pela Receita Federal. A intérprete pode ser indicada pela sua agência de viagens e a média do valor cobrado é de R$ 50 por receita.

3. Vacinação – “Embora a vacinação contra a febre amarela não seja um requisito para a análise de vistos, o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, no qual deve constar comprovante de vacinação contra a febre amarela, poderá ser solicitado pelos Oficiais de Imigração na Austrália”, informa a embaixada da Austrália no Brasil. Além disso, o seu avião pode ficar “em trânsito” em outros países que necessitam de comprovação da vacina para que liberem o passageiro para o próximo vôo.

4. Passaporte – É claro que ter passaporte é primordial, e talvez ele devesse estar em primeiro lugar desta lista, mas como às vezes esquecemos justamente do mais óbvio, não poderia deixar de mencioná-lo. Para quem já tem o documento, indico apenas se atentar ao prazo de validade. Para quem não possui, é necessário agendar um dia e horário para ir até a polícia federal e solicitar o passaporte. Mais informações no site: http://www.dpf.gov.br/simba/passaporte/requerer-passaporte/requerer-passaporte

5. CNH – A Austrália, assim como a Nova Zelândia, o Reino Unido e muitos outros países, utiliza a “mão inglesa” como sentido de circulação do trânsito. Ou seja, ao contrário do Brasil (“mão francesa“) os carros trafegam pelo lado esquerdo da via e têm o volante do lado direito do painel. Mesmo assim, não é preciso nenhum curso especial para o brasileiro já habilitado aqui poder dirigir um carro na Austrália. Basta fazer uma carteira internacional de habilitação ou obter a Permissão Internacional para Dirigir (PID). O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo cobra cerca de R$ 220,00 para a emissão. Eu, porém, como boa economizadora que sou, estou em processo de fazer uma tradução juramentada por menos de ¼ deste valor. O processo é similar ao da tradução da receita médica: encontrar um profissional que faça este serviço com rápida entrega. O tradutor público traduz a habilitação em um papel comum, com um selo da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) e assinado pelo profissional responsável pelo serviço.

6. Procuração – Este documento é feito em cartório e é essencial para quem vai ficar alguns meses ou anos fora do país de origem. A procuração serve para nomear uma pessoa de sua confiança (geralmente um dos pais ou cônjuge) como seu representante, para agir em seu nome enquanto você estiver longe. Este instrumento pode ser providencial, por exemplo, em caso de problemas com conta em bancos, venda ou doação de imóveis e automóveis, justificativas legais (como a ausência em convocações para mesário, membro de júri, etc.). A procuração fica pronta em um dia e custa em média R$ 160,00.

7. Banco e Plano de Saúde – Encerre todas as contas bancárias que você não utiliza mais, pois a conta gera manutenção e as taxas são cobradas diariamente, até o final da sua viagem, o preço deste serviço que você não utilizou poderá sair caro. Uma outra opção é manter apenas uma poupança, com um valor para emergências e sem cobrança de taxas. Com relação ao plano de saúde, se o viajante passar mais de três meses no exterior, é melhor repensar se deve manter este custo mesmo sem uso dos serviços. Infelizmente não é possível “congelar” a conta até você voltar. Veja se vale a pena, pois quando você voltar vai ficar no período de carência de novo e o valor cobrado pode ser maior.

8. Contas – Coloque todas as cobranças possíveis em débito automático, de preferência em uma única conta bancária (não se esqueça de manter saldo suficiente nessa conta), para que você não tenha que se preocupar com vencimento e pagamento pela internet. Uma boa ideia, se possível, é deixar alguém (seu representante) avisado para acompanhar o extrato bancário e a cobrança dessas contas ao menos uma vez por mês.

9. Nota fiscal – Recomenda-se que alguns produtos eletrônicos, como notebooks, tablets, filmadoras e câmeras fotográficas, sejam sempre declarados em viagens ao exterior. Esteja em posse de todas as notas fiscais para procedimentos comuns, nos quais é necessário identificar a sua bagagem para evitar transtornos na volta, pois se a receita federal entender que os produtos foram comprados no exterior e se o valor total ultrapassar os US$ 500,00, você será multado.

10. E-mails – Desfaça todas as assinaturas de e-mails diários desnecessários, como os de compra coletiva ou outras ofertas, pois uma caixa de mensagens limpa e recebendo somente as mensagens que interessam é muito importante, especialmente num lugar em que provavelmente a internet será utilizada com custo adicional e tempo reduzido.

4 thoughts on “10 preparativos para a sua viagem

  1. Olá… Vou com meu namorado em Janeiro de 2015 e nunca tínhamos ficando sabendo desta segunda opção para termos permissão de dirigir na Austrália!
    Deu certo para você? Quanto pagou na época?

    Obrigada =D

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