A calçola da discórdia

O assunto não é moda, até porque não sei nada sobre isso e ainda estou aprendendo a ser “mulherzinha”. É apenas um “causo” que às vezes me vem à memória.

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No primeiro mês em que fiquei na Austrália, convivi com um casal de australianos, e eu mesma lavava minhas roupas na máquina de lavar e secar. De vez em quando eu tinha que retirar as roupas deles de dentro da máquina para colocar as minhas e me assustei com o tamanho das calcinhas que estavam lá. Ela estava na faixa dos 30 anos e era magra como eu. Por que, então, ela usava calcinhas estilo “vovó”??? Se você já assistiu a O Diário de Bridget Jones também viu que a personagem principal usa uma peça íntima bem parecida, mas modeladora. Pois é, lembrei-me disso na hora e pensei que poderia ser uma moda não tão passageira.

Um tempo depois resolvi comprar calcinhas e fui a um supermercado perto de onde eu morava, o Woolworths. Comparei preços e decidi levar um pacote de “pague oito, leve dez”. Algumas com estampas bonitinhas e outras lisas. Mas quando cheguei em casa e abri o pacote, elas eram gigantes, não de largura porque escolhi referente ao tamanho M, mas de modelo mesmo. É claro que na Austrália também vende calcinha do estilo tanga, fio dental ou qualquer outro tipo que não tenho conhecimento, mas majoritariamente o estilo “fetiche por vovós” reina nas prateleiras.

20150523_122026Devo confessar que passei a gostar do estilo mais despojado, larguinho, principalmente para dormir. Lembra um pouco aquelas calcinhas retrô. Além disso, não tem renda que irrita a pele e nem entra em lugares que não devem entrar, se é que me entendem. Se for para uma ocasião especial é só substituir a peça por algumas horas e está tudo bem. A única coisa que atrapalha é que a calcinha é muito alta, quase chegando ao umbigo, então se eu coloco uma roupa com cós baixo eu tenho que dobrar a calcinha para ela não aparecer. No mais, só alegria.

O mais impressionante é que este “pequeno” item causa a mesma reação em todas as pessoas. Esses dias a minha irmã viu uma dessas calcinhas no varal (sim, trouxe todas elas para o Brasil) e perguntou “de quem é aquela calcinha gigante?”. Ah, como é bom lembrar da Austrália até os mínimos detalhes.

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