Tipos de vistos

Quando se planeja uma viagem ao exterior, uma das primeiras preocupações que devemos ter é o visto. Antes de tudo é preciso saber se o país exige o visto somente em condições específicas, como para morar, trabalhar, estudar, ou se é exigido mesmo que seja para períodos curtos de turismo.

A Austrália, assim como os Estados Unidos, exige o visto dos brasileiros em qualquer circunstância. Só para pisar fora do aeroporto em solo australiano, por exemplo, um brasileiro vai precisar do visto. Essa exigência de documentação se divide em diversos tipos de vistos. No entanto, como alguns deles se destinam a casos muito excepcionais, vou focar nos mais comuns.

Visto de estudante

Este é o visto mais comum solicitado pelos intercambistas brasileiros. É concedido para quem quer estudar línguas ou fazer outros cursos como graduação, pós-graduação ou técnico, desde que o curso seja reconhecido pelo governo australiano e tenha duração mínima de quatro meses. Tenho bastante conhecimento neste caso, porque foi o visto que precisei tirar para a minha viagem.
O estudante deve ter muita paciência para juntar vários documentos e realizar alguns exames médicos (leia mais aqui). A vantagem é que o estudante poderá trabalhar até 20 horas por semana, uma boa opção para se manter por lá e algo que poucos países permitem com o visto de estudante.

Visto de visitante

Para conseguir este visto não é necessário exame médico nem uma lista enorme de documentações. Aplica-se ao turista propriamente dito, ou aos casos de estadias de curta duração, como visitas a alguém que more lá ou viagem a negócios. Este visto concede uma permanência de até três meses na Austrália. Assim, se você pretende estudar por lá, mas seu curso tem duração inferior a 90 dias, deve escolher este visto. Mas atenção: com o visto de visitante não é permitido ter nenhum tipo de emprego ou trabalho remunerado na Austrália, em hipótese alguma, sob pena de ser deportado.

Working Holiday Visa

Este é um visto que raros brasileiros obtêm, porque só é concedido para pessoas de nacionalidades cujos países possuam acordos com a Austrália. E o Brasil não é um deles. Portanto, os brasileiros que conseguem tirar esse visto têm dupla cidadania (se você tiver segunda cidadania italiana, por exemplo, é um forte candidato a conseguir este carimbo no seu passaporte).
Dentre os países que estão na lista de acordos bilaterais estão: Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Coréia, Holanda, Noruega, Suíça, Taiwan, Reino Unido e outros.
A vantagem desse visto é que a pessoa pode trabalhar em período integral sem ter a necessidade de estudar. Caso a pessoa queira estudar poderá fazê-lo por apenas quatro meses. Este visto tem a duração de um ano e pode ser estendido por mais um, caso em que o interessado deve trabalhar por três meses nas fazendas australianas, colhendo frutas ou legumes, por exemplo (sim, isso mesmo: você deve passar um tempo “na roça” para estender o visto). Ao logo da vida de camponês, a pessoa tem casa e comida e recebe um salário que na maioria das vezes é baixo, mas o suficiente para se manter.
Durante o seu trabalho (já fora da fazenda ou antes mesmo de entrar nela), o seu empregador pode oferecer o Sponsor Visa, ou seja, o visto de Residência Temporária, assim, você poderá ficar por vários anos no país. Além disso, se você quiser ficar de vez na Austrália, você pode dar entrada no processo de Job Nomination, mais conhecido como Residência Permanente, mas para isso, sua profissão deve estar na lista do governo em que são divulgadas as áreas que precisam de profissionais. Veja a lista aqui: http://www.immi.gov.au/Work/Pages/skilled-occupations-lists/skilled-occupations-lists.aspx

Seja como for, a Austrália é certamente um lugar especial para quem quer visitar, estudar ou trabalhar no país. Em qual desses perfis você se encaixa mais?