Curando os problemas australianos

Dando uma rápida checada nas estatísticas deste blog, verifiquei que uma das matérias mais acessadas é “Sentindo as mudanças na pele“, em que relato algumas reações do meu corpo com a adaptação à Austrália.

queda-de-cabelo

Imagem: IG Saúde

Por esse motivo, e também porque alguns daqueles problemas ainda me afetam, resolvi aqui dividir a continuação do “drama” com vocês, meus amigos e leitores. Apenas relembrando o que relatei naquele post, a mudança brusca de ares (no sentido figurado, já que o clima não é tão diferente do nosso) e de rotina afetaram de muitas formas minha saúde. E os principais sintomas foram: – Sardas no rosto por causa do sol forte; – Perda de peso involuntariamente (seis quilos sumiram sem eu perceber); – Queda de cabelo; – Entre outros.

Lá na Austrália, por questão econômica, eu só fui ao médico uma única vez, por causa de um problema de saúde que me preocupou um pouco mais. (ver neste post)

Aqui vale deixar uma dica, acerca de plano de saúde. Antes de viajar eu tinha um plano de saúde por conta própria, com valores fixos e moderados. Para a viagem, ele não me serviria, já que não tem nenhuma cobertura internacional. Além disso, todos os estrangeiros que ficam mais de três meses por lá são obrigados a contratar um plano de saúde australiano. A maioria, como eu, contratam o mais básico possível, plano em que apenas o clínico geral é gratuito. Para ser atendido por outros médicos é preciso pagar uma quantia (que varia dependendo do profissional), e depois requerer um reembolso que pode ser de 10% a 80% do valor pago, dependendo da especialidade. A maioria das agências de intercâmbio tenta empurrar um plano de saúde mais caro e que cobre quase tudo (se não tudo) de despesas médicas no exterior, mas o preço é realmente alto. Então pense bem se vale a pena ou não. Com relação ao plano que tinha aqui no Brasil, a minha primeira opção seria cancelá-lo, e refazer quando voltar. Nesse caso, entretanto, eu teria novamente que entrar no período de carência, perderia alguns bônus e teria o valor reajustado. Coloquei na ponta do lápis e optei por mantê-lo mesmo sem utilizá-lo. (Eu não sabia à época, que minha estadia seria prolongada por mais seis meses). No final, essa decisão por não cancelar meu plano anterior foi muito útil, considerando que todos aqueles sintomas acima vieram comigo de volta ao Brasil, e eu passei os primeiros meses de retorno em uma maratona de consultas.

remedios-australiaA primeira etapa começou pelo dermatologista, por causa das sardas e da queda de cabelo. Para solucionar ou amenizar o primeiro problema, a doutora me receitou dois medicamentos manipulados para passar no rosto e um protetor solar “hiper”caro. Para descobrir o que causou a queda de cabelo realizei dois testes: o primeiro foi de tiróide e o segundo foi de carência de vitamina. Ambos deram negativos. A conclusão foi que talvez eu tivesse passado por muito stress, mas ela também não pôde me assegurar o que havia sido porque meu cabelo continuou a cair mesmo estando aqui no Brasil. Hoje tomo dois remédios por dia e borrifo um líquido no couro cabeludo, tudo manipulado também.

Com relação ao peso, continuo com menos do que estava quando viajei para a Austrália, mas já recuperei quatro quilos e vou tentar manter este peso.

Não tenho como afirmar que todos esses problemas de saúde foram derivados da Austrália, mas com certeza senti os primeiros sintomas deles por lá e, embora não possa fazer um diagnóstico certeiro, atribuo muitos deles à mudança de hábitos, não apenas com relação a horários e rotinas, mas também alimentares.

É claro que eu não me arrependo em nenhum momento de ter passado pelos pequenos “apuros” e obstáculos de uma viagem longa, porque uma hora vai acabar a minha cota de remédios e ficarão somente os “bons sintomas”.

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